A castração é uma das decisões mais importantes que um tutor pode tomar para garantir a saúde e o bem-estar do seu pet. Além de prevenir diversas doenças, o procedimento ajuda no controle populacional e contribui para uma convivência mais tranquila e segura.
Benefícios para a saúde e o comportamento
A castração traz vantagens significativas tanto para as fêmeas quanto para os machos. Em cadelas e gatas, reduz drasticamente o risco de câncer de mama quando feita antes do primeiro cio e elimina a possibilidade de infecções uterinas graves, como a piometra. Nos machos, ajuda a prevenir problemas de próstata e tumores testiculares, além de diminuir comportamentos como agressividade, marcação de território com urina e fugas em busca de acasalamento.
Outro benefício importante é a eliminação do sangramento do cio nas fêmeas e o controle de comportamentos causados pelos hormônios reprodutivos. Isso resulta em um animal mais calmo e estável emocionalmente, o que facilita muito o dia a dia da família.
Contribuição para o controle populacional
A castração também é uma forma responsável de evitar a superpopulação de cães e gatos, que infelizmente leva milhares de animais ao abandono todos os anos. Ao impedir crias indesejadas, o tutor colabora diretamente com a redução desse problema social e de saúde pública.
Quando é o momento ideal para castrar?
O momento mais indicado pode variar de acordo com a espécie, o porte e a saúde do animal. Em geral, cães de pequeno porte e gatos podem ser castrados a partir dos 5 a 6 meses de idade. Já cães de grande porte podem se beneficiar de uma espera maior, entre 12 e 18 meses, para garantir um desenvolvimento físico mais equilibrado. No caso das fêmeas, a castração antes do primeiro cio é altamente recomendada para maximizar a prevenção de câncer de mama.
O ideal é que a decisão sobre o melhor momento seja feita com acompanhamento veterinário, que poderá avaliar os riscos, a maturidade do pet e outros fatores individuais.
Cuidados no pós-operatório
Apesar de simples e bastante segura, a castração exige alguns cuidados no período de recuperação. É importante usar colar elizabetano ou roupa cirúrgica para proteger os pontos, administrar os medicamentos prescritos corretamente e evitar atividades físicas intensas por alguns dias. O acompanhamento veterinário nesse período é fundamental para garantir uma recuperação tranquila.
Mitos sobre a castração
Ainda existem muitos mitos sobre o procedimento. Um dos mais comuns é que o pet vai engordar após ser castrado. Isso só acontece se não houver controle na alimentação e na rotina de exercícios. Outro mito é que a castração altera a personalidade do animal, o que também não é verdade. O que muda são apenas comportamentos ligados ao instinto sexual.
Também é falso o argumento de que fêmeas precisam ter pelo menos uma cria antes de serem castradas. Não há qualquer benefício comprovado nisso — pelo contrário, castrar antes do primeiro cio pode ser mais benéfico.
A castração é uma atitude de amor e responsabilidade. Ela protege a saúde do animal, ajuda no controle da população e torna a convivência com o pet mais segura e tranquila. Com orientação veterinária e os cuidados necessários, o procedimento é simples, seguro e extremamente benéfico. Se você ainda tem dúvidas sobre castrar ou não seu pet, converse com um profissional de confiança. Essa escolha pode garantir mais anos de vida saudável e feliz ao seu melhor amigo.